Ai de ti Lusitânia, que dominarás em
todas as nações, porque há-de vir sem falência tempo em que
a tua luz se apagará; ver-te-ás debaixo dos pés dos outros,
que te quebrarão, como se fosses um vaso de barro, (e
tirarão) tuas riquezas e tesouros; então serás tributária,
gemerás, e de todos que te amavam nenhum te consolará. A tua
honra será mudada, a tua gente destruída, as tuas cidades
tomadas pelos infiéis. Mas então o Pai das misericórdias te
porá os olhos, verá o teu opróbrio, e do meio de ti fará
surgir o salvador, que te libertará da escravidão alheia.
Depois do que mandar-te-á outro, que se reputava morto, e
este, que te havia posto em miséria, te restituirá ao teu
antigo esplendor, exaltará o teu Império, e dilatará a fé de
Cristo, destruirá a casa de Mahomet; então o seu império
será eterno, e todo o Povo dirá: Alegra-te ó Lusitânia
porque Deus te fez a primeira das Províncias e Dominadora
das Nações.
s.d.
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